Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
Teste vai contar com 20 fragrâncias e questionário com 20 perguntas, que convidam as leitoras a refletirem sobre sua capacidade olfativa crédito: Natura / divulgação
A Naturaacaba de lançar um teste olfativo que pode indicar eventuais sintomas iniciais de doenças neurodegenerativas. Os aromas serão distribuídos na revista da marca e vão funcionar como ferramenta de triagem para identificar possíveis sinais de enfermidades como Alzheimer e Parkinson. A ação será conduzida com o apoio da rede de consultoras de beleza, que desempenham papel central na distribuição e aplicação do teste.
A iniciativa pioneira começará a ser implementada como um piloto em Minas Gerais. De acordo a empresa, o projeto deve impactar 20 mil consultoras da marca no estado. A expectativa é que o projeto seja expandido para as revistas da marca em todo o país.
Dentro da revista, 20 fragrâncias incomuns para publicações de perfumaria — como bacon, queijo, gasolina e naftalina — serão apresentadas ao lado de um questionário com 20 perguntas, que convidam as leitoras a refletirem sobre sua capacidade olfativa. A ideia é que consultoras e consumidoras interajam com o conteúdo, testem seus sentidos e fiquem atentas a qualquer mudança perceptível no olfato.
Caso a pessoa identifique alterações ou dificuldade em perceber determinados cheiros, a orientação é acompanhar a frequência desses sinais. Se a frequência for alta, as mulheres serão encaminhadas para um diagnóstico mais completo, conduzido pela NoAr Health – parceira do projeto – em colaboração com as prefeituras locais.
A primeira pessoa diagnosticada com o Mal de Alzheimer foi Auguste Deter, alemã que morreu em 8/4/1906, aos 55 anos. Nascida em Kassel, em 16/5/1850, ela entrou para a história. Adoeceu em 1901, aos 50 anos, e ficou internada o restante da vida. Domínio público
No hospital psiquiátrico de Frankfurt, ela foi tratada por Alois Alzheimer. Nascido em 14 de junho de 1864, em Marktbreit, na Alemanha, ele foi o neuropatologista que acabou batizando a doença. Alois morreu em 19 de dezembro de 1915, aos 51 anos, de insuficiência cardíaca. Domínio público
O Mal de Alzheimer é uma grande preocupação hoje, pois as pessoas que desenvolvem essa doença perdem diversas capacidades e tornam-se um peso para as famílias. É uma enfermidade típica de idosos, embora também acometa pessoas de meia idade ou até jovens, eventualmente. Divulgação
Em janeiro de 2023, um caso publicado na revista Journal of Alzheimer’s Disease teve repercussão, pois informava sobre um caso de Alzheimer num jovem de 19 anos, de identidade não revelada, em Pequim, na China. Site Jad
Antes deste, o paciente mais jovem diagnosticado com o problema tinha 21 anos e também era chinês. Flickr Dr Curtis Cripe
Os exames no jovem identificaram uma atrofia do hipocampo cerebral, além do acúmulo da proteína beta. As duas são características da doença. Também houve um aumento da proteína tau, outra característica. Reprodução
Com as dificuldades na memória, ele abandonou a escola, no último ano do Ensino Médio. Agora, a situação serve de laboratório para entender melhor a doença, especialmente em jovens. Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Estima-se que o mundo tenha cerca de 40 milhões de pessoas com o Mal de Alzheimer. A doença é a principal causa da demência. Esta, por sua vez, acomete 55 milhões de pessoas. Domínio Público - Wikimédia Commons
Em 2050, a estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que o planeta terá 139 milhões de pessoas com demência no mundo. Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
A principal causa de mortalidade por SRAG nos idosos é o vírus da influenza A, seguida pela Covid-19 Imagem Grátis de Mabel Amber, who will one day por Pixabay
Por outro lado, a Blue Cross Blue Shield (BCBS) destacou que, entre 2013 e 2017, houve um aumento de 200% nos diagnósticos entre pessoas de 30 a 64 anos. Já dos 30 aos 40, o aumento foi de 373%. Assim, há uma clara preocupação das autoridades. Flickr Lola Alzheimer
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, ou seja, uma doença que vai destruindo o seu corpo e o leva à morte. O Alzheimer não tem cura e, aos poucos, vai comprometendo as funções cerebrais. - Dominio Publico/freepik
O Alzheimer começa com perda de memória, mas apenas recente. Depois, o paciente perde até memórias antigas, delira e perde coordenação motora, que tem relação com o cérebro. Tânia Rêgo/Agência Brasil
O desenvolvimento da doença também faz a pessoa esquecer como se fala ou falar coisas sem nexo. Infecções urinárias também podem aparecer. O doente não tem consciência do problema e pode chorar em excesso ou até mesmo tornar-se agressivo. Imagem de Alterio Felines por Pixabay
Um paciente com Alzheimer, portanto, dá muito trabalho físico e psicológico aos familiares. A expectativa de vida é pequena: de três a nove anos. As causas ainda são desconhecidas, mas os estudos mostram que é mais provável que ela seja causada por questões genéticas. Marcos Oliveira - Flickr
Os estudos também apontam que leitura, interação social ou qualquer outra atividade social ajuda a evitar a doença. Eles, porém, também não são conclusivos. Arquivo Agencia Brasil
Ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan morreu em 2004, após dez anos de luta contra a doença. Ele tinha 93 anos e foi mandatário do país de 1981 a 1989. Domínio Público - Wikimédia Commons
O ator Charlton Heston morreu em 2008, aos 84 anos, após seis anos lutando contra os sintomas da doença. Ela, porém, não foi diagnosticada. Em 1960, viveu seu auge, com o Oscar de melhor ator pelo filme "Ben Hur". Reprodução site Adoro Cinema
A tecnologia utilizada nos testes complementares combina avaliações olfativas e cognitivas e é 100% automatizada, o que facilita sua aplicação mesmo em localidades com menor estrutura médica.O diagnóstico complementar será oferecido gratuitamente, em parceria do projeto com as prefeituras locais. A ideia é que esse atendimento aconteça em espaços públicos, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), garantindo o amplo à população.
A proposta parte de um dado preocupante: segundo estudos, alterações no olfato podem ser um dos primeiros sintomas de doenças neurodegenerativas. Esses sinais surgem com frequência anos antes de sintomas mais conhecidos, como perda de memória ou dificuldades motoras. Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que apenas 10% dos casos são diagnosticados. E, entre os pacientes, cerca de 70% são mulheres.
“A Revista Natura chega hoje a mais de 1,6 milhão de Consultoras em todo o país, e estimamos que cada edição a pelas mãos de 10 a 30 mulheres. Imagine o potencial que temos de oferecer a elas uma oportunidade real de cuidar da saúde e do bem-estar”, destaca a vice-presidente de marketing e líder de pesquisa e desenvolvimento da Natura e Avon, Tatiana Ponce.